Corretor de imóveis, conheça um pouco mais a história da nossa bandeira nacional.
A história é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser que constrói seu tempo. Nós estamos construindo nossa história a cada dia. Você já se deu conta disso?
A história é feita por homens, mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns, como eu e você, desde os tempos mais remotos. A história está presente no cotidiano e serve de alerta à condição humana de agente transformador do mundo.
Ao estudar a história nos deparamos com o que os homens foram e fizeram, e isso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer.
A bandeira é um dos símbolos máximos de uma nação, aquele que mais fica em evidência, que representa efetivamente o país. Essa importância explica, em grande parte, no caso do Brasil, a urgência dos republicanos em reformularem a bandeira nacional. Aqui, comemora-se o Dia da Bandeira, em 19 de novembro. Essa comemoração remete à atmosfera da instituição da República em 1889. A República foi proclamada em 15 de novembro desse mesmo ano, e a nova bandeira, tal como a conhecemos hoje, foi concebida no dia 19 por Raimundo Teixeira Mendes.
Criação e importância da nova bandeira
A bandeira antiga representava o Império, trazendo em seu centro um brasão com a imagem da coroa e da cruz, símbolos que se tornaram indesejáveis para os republicanos na época, já que o presidencialismo e a laicidade eram características patentes do novo regime instituído.
Você sabia que originariamente, as cores amarela e verde foram escolhidas para compor a bandeira imperial com o objetivo de representar as duas casas aristocráticas que haviam instituído a primeira dinastia brasileira?
Ou seja, a casa dos Habsburgo, da Áustria, e a casa dos Bragança, de Portugal. À primeira, representada pela cor amarela, pertencia a esposa de D. Pedro I, a imperatriz Leopoldina. À segunda, representada pela cor verde, pertencia o imperador, filho de D. João VI. Essas cores foram escolhidas pela própria imperatriz e indicadas àquele que elaborou a bandeira imperial, o pintor Jean-Baptiste Debret.
No lugar do brasão, foi colocado um círculo azul marcado com as estrelas que seriam as mesmas do céu do Rio de Janeiro na noite de 15 de novembro de 1889 (essas estrelas seriam associadas posteriormente aos estados da Federação). Sobre o círculo azul, foi colocada uma faixa branca com a frase: “Ordem e Progresso”. Essa frase é uma referência ao pensamento do filósofo positivista francês Auguste Comte, cuja influência foi extremamente grande entre os republicanos brasileiros.
As cores de fundo da bandeira (o amarelo e o verde), por influência de alguns poetas românticos, também republicanos, e sobretudo por obra dos políticos que instituíram a República, passaram a se associar unicamente às características naturais do Brasil, como as florestas frondosas e a riqueza da flora e da fauna, representadas pelo verde, e as riquezas minerais, a opulência do ciclo do ouro, representados pela cor amarela. Essa representação oculta o simbolismo originário dessas cores.
Essas transformações simbólicas pelas quais passou nossa bandeira nacional fazem do dia 19 de novembro uma ocasião importante para refletirmos a respeito de nossa história e da importância dos símbolos na compreensão do passado de uma nação.
Izabel Mendonça
Assessoria de Comunicação CRECI/ES