Folha Vitória
A temperatura do mercado imobiliário das montanhas capixabas tem aumentado e gerado o lançamento de novos empreendimentos, adaptados à realidade de um novo público que começa a descobrir uma das regiões mais nobres do Estado.
Os produtos buscam agradar a todos os perfis: da tradicional casa na montanha, passando pelos condomínios de loteamentos, chalés e, mais recentemente, pelos condomínios com funcionamento de apart-hoteis.
Nesse último caso, o proprietário pode escolher alugar, por certo tempo, seu imóvel para terceiros, fazendo parte do pool de unidades hoteleiras do condomínio. Com isso, nos dias em que seu imóvel não for utilizado, há a possibilidade de capitalizar, fazendo com que o investimento de lazer torne-se também lucrativo.
Verão nas montanhas
O interesse dos capixabas pelas montanhas tem crescido cada vez mais. Prova disso é que na segunda edição do Salão do Imóvel das Montanhas, a quantidade de empresas expositoras aumentou.
Betinho Aguiar, diretor da Ademi-ES Regional das Montanhas e também organizador do Salão, ressalta que a grande maioria dos compradores são da Grande Vitória e também de Guarapari. “As pessoas procuram por uma casa, em um local sossegado, que tenha contato com a natureza”, avalia.
E não é apenas durante o inverno que a população das montanhas cresce com os moradores esporádicos. De acordo com o diretor comercial da chalé construtora e do Hotel Fazenda Parque do China, Valdeir Nunes do Santos, o verão tem atraído uma grane contingente de turistas para as montanhas capixabas.
“Recebemos, no Hotel Fazenda Parque do China, um público até 50% maior que durante o inverno. Isso compreende tanto os visitantes diários quanto hospedagem, para passar um final de semana ou mais. O período de férias colabora para o aumento do público”, avalia.
Caminho inverso
Assim como a procura por imóveis nas montanhas tem crescido, o caminho inverso também segue a mesma direção. É que cada vez mais moradores das montanhas procuram por imóveis no Grande Vitória. O perfil é de apartamentos pequenos, próximos a faculdades, praias e shoppings.
“O morador da montanha, usa esse imóvel para os filhos que estão na faculdade ou mesmo como um local para passar os finais de semana. Ir ao shopping, ao cinema, ou à praia, buscando outras formas de lazer que não se encontra com facilidade no sul”, avalia Betinho Aguiar.