No final de 2016, uma medida anunciada pelo governo causou muito burburinho entre as pessoas. O presidente da República, Michel Temer, junto com sua equipe, anunciou a liberação do saque de contas inativas do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
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De acordo com o governo, o objetivo da medida é injetar R$ 30 bilhões na economia e irá beneficiar cerca de 10 milhões de trabalhadores.
Mas, como isso pode interferir no setor imobiliário?
Antes de tudo, o fato de esse dinheiro estar no bolso dos brasileiros pode ser mais uma alternativa para a decisão da compra da casa própria. Embora a maior parte das contas tenha até, no máximo, um salário mínimo, conforme informações da equipe do governo.
Aliás, antes o governo havia cogitado permitir o saque do saldo parado no FGTS apenas para o pagamento de dívidas, mas voltou atrás. Sendo assim, os trabalhadores têm direito a retirar os recursos e utilizá-los para qualquer finalidade, o que também anima o setor imobiliário.
A medida é uma injeção de recursos que vai movimentar a economia e pode alcançar 0,5% do Produto Interno Bruto do Brasil, o que também pode ser uma boa notícia para a compra de casas e apartamentos, que vêm crescendo nos últimos meses.
Facilidade
O imóvel não pode custar mais que R$ 750 mil (Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e R$ 650 mil nos demais estados.
Existem três modalidades em que o benefício é liberado:
– Pode usar o FGTS para pagar parte ou totalmente o imóvel, para pagar parte das prestações do financiamento ou liquidar o valor devido do financiamento.
– Na segunda opção em questão, o valor usado em cada mensalidade deve atingir no máximo 80% do montante total. Ou seja, se a pessoa paga R$ 1 mil por mês pode usar R$ 800. Esse benefício depende de um contrato anual e pode ser renovado quando for finalizado. Nas outras, esse prazo aumenta para dois anos.
– Somente quem adquire o imóvel na cidade onde mora ou trabalha é que pode utilizar o benefício. Para dar entrada no processo – que demora entre 30 e 60 dias – é preciso ir a uma agência da Caixa. É importante salientar que existem meios para que o FGTS seja usado somente para este fim e não outros avulsos, como a compra de veículos, por exemplo. Por isso, o beneficiário nem sequer “vê o dinheiro”.
Nesse caso, o crédito não é para ele, mas sim para quem ele deve. Depois que o negócio é feito e a escritura expedida, o vendedor recebe o dinheiro da Caixa. Ele só pode sacar o dinheiro ou transferir para sua conta.
Outra novidade
Além da liberação das contas inativas do FGTS, agora o governo anunciou, também, uma nova medida que pode influenciar positivamente a compra de imóveis.
O Copom – Comitê de Política Monetária – cortou a taxa básica da economia de 13,75% para 13% ao ano, maior queda desde 2012.
Isso faz com que o mercado financeiro fique mais aquecido, uma vez que o corte foi superior ao esperado. A decisão ainda veio em meio à desaceleração da inflação e a demora para a retomada do crescimento econômico.
Com isso, os bancos também reduziram suas taxas de juros, forçando que os empréstimos voltem a ser disponibilizados com valores mais baixos e, em um futuro próximo, também fará com que os financiamentos imobiliários fiquem mais acessíveis.