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Na hora de financiar a compra da casa própria, os bancos podem ser melhores opções do que os financiamentos oferecidos pelas construtoras. Ao menos esta é a avaliação do diretor-executivo do Grupo PAR e consultor de finanças pessoais, Marcelo Maron.
De acordo com o consultor, o financiamento de construtora custa 125% mais caro do que o de banco, já que os juros do primeiro chegam a 27% ao ano, contra 12% ao ano praticados pela maioria dos bancos.
“Muitos se enganam com a facilidade de um financiamento feito por construtora. Como sempre digo, quanto mais fácil o crédito, mais caro ele é”, diz.
Prós e contras
Ainda segundo Maron, existem atualmente no mercado três tipos de financiamento disponível para quem quer comprar a casa própria: o da construtora, o do banco e uma mescla das duas modalidades.
De modo geral, diz ele, quem procura segurança tem no financiamento bancário a melhor opção. Isso porque, explica, neste sistema há a garantia de que a prestação não subirá, além da existência do seguro, que é acoplado à prestação e quita o imóvel para a família em caso de morte do mutuário.
A desvantagem do sistema, observa o consultor, é o elevado nível de burocracia e a retomada rápida do imóvel, na ocorrência de inadimplência.
“Financiar direto com a construtora é bem mais caro e, sobretudo, incerto. A correção pós-fixada traz a incerteza se haverá condição do cliente continuar arcando com as prestações ao longo do tempo. Para quem busca segurança, a melhor alternativa é o financiamento bancário. A garantia de que as prestações não subirão é um fator importantíssimo a se considerar. Não correr o risco da construtora falir no meio da obra é outro. Mas, se a pessoa fizer as contas direitinho, verá que em 20 anos pagará quase que o valor de três imóveis”, finaliza.