The Christian Post / EUA, Ana Araújo
Em meio a crise mundial, o mercado brasileiro está chamando a atenção de grandes empresas, como a americana Related Group, a maior construtora de residências de luxo do sul da Flórida, que planeja montar o seu primeiro escritório brasileiro já em janeiro.
A idéia é incorporar imóveis ao seu já vasto catálogo de 80 mil unidades entregues, incluindo móveis residenciais e hotéis. Os principais candidatos à receber a sede são São Paulo, Campinas, Rio, Manaus, Belo Horizonte e Recife.
“Estamos estruturando um fundo com ao menos US$ 1 bilhão para explorar as oportunidades no Brasil”, disse o presidente da companhia Carlos Rosso, em entrevista à Folha. A empresa tem um faturamento anual de 1,4 bilhão de dólares.
Este interesse não é à toa. Hoje, empresários e investidores brasileiros já figuram entre os principais clientes da empresa em Miami. “Foram eles os principais compradores logo depois da crise de 2008, que secou o crédito para os americanos”, afirma Rosso.
Investidores brasileiros também terão vantagens neste negócio. Rosso planeja conquistar compradores para a compra de imóveis de médio e alto luxo em Miami, com preços muitas vezes inferiores aos praticados pelo mercado nacional.
Um exemplo é um prédio que será lançado em 2013 no bairro Brickel, distrito financeiro de Miami. Unidades de 60 metros quadrados custam a partir de US$ 164 mil, equivalente a aproximadamente R$ 292 mil. Um apartamento do mesmo padrão no Itaim Bibi, zona sul paulistana, custa praticamente o dobro: R$ 566 mil, segundo dados de mercado de outubro.