Depois de quase seis anos, a Selic voltou a subir. A taxa estava estacionada no piso histórico de 2% ao ano desde agosto de 2020, mas o Comitê de Política Monetária (Copom) quebrou o ciclo e fez o ajuste para os atuais 2,75% a.a.
Muitos setores vão ser afetados por esse aumento e com essa mudança, surge uma inquietação sobre um possível sinal de encarecimento para o bolso dos brasileiros e isso não seria diferente para o mercado imobiliário, porque esse aumento atrapalha de certa forma o consumidor que, ainda, tem dúvida na compra de um imóvel novo.
Seja para quem vai construir como para quem pretende comprar um imóvel, a Selic serve como referência dos juros para parte dos investimentos de renda fixa e para algumas operações de crédito, como o parcelamento.
Para entender melhor essa relação, é importante destacar que a Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa média de juros paga pelo governo brasileiro em empréstimos tomados de instituições bancárias. Segundo Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, em dezembro de 2020 foram comercializadas 8.799 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O resultado foi 103,2% superior comparado às vendas de novembro (4.331 unidades) e ficou 26,1% acima das 6.980 unidades comercializadas em dezembro de 2019.
Izabel Mendonça
Assessoria de Comunicação