Estima-se que os consumidores terão disponíveis pelo menos R$ 172,8 bilhões para financiamentos.
A casa própria poderá se tornar uma realidade mais fácil em 2014, ano em que asconstrutoras apostam tudo na recuperação dos negócios, depois de resultados minguados desde 2011. Mas de acordo com o portal EM.com.br, a alavanca virá, sobretudo, do crédito farto. Estima-se que os consumidores terão disponíveis pelo menos R$ 172,8 bilhões para financiamentos, somados os recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostra que o total de imóveis financiados com recursos da poupança deverá somar 520 mil unidades em 2013, alcançando o valor recorde de R$ 100 bilhões. Se confirmado, o montante é 19% superior aos R$ 84 bilhões destinados a 450 mil imóveis no ano passado. Para 2014, a expectativa do setor é de um acréscimo de mais 15% no volume de recursos, chegando à marca de R$ 115 bilhões.
Em preparação para esse boom de crédito, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu ampliar o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados via Sistema Financeiro de Habitação (SFH), com recursos do FGTS e juros mais baratos. A partir de outubro, o valor dos imóveis que o empregado pode comprar usando seu saldo do fundo subiu para R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, e de R$ 650 mil nas demais regiões. O limite anterior, de R$ 500 mil, estava em vigor desde 2009. Os empresários aplaudiram a medida.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão, em entrevista ao portal, aposta em uma recuperação geral do setor em virtude dos investimentos federais em infraestrutura e, sobretudo, à nova etapa do Minha Casa, Minha Vida. O programa federal representou cerca de um terço do total das construções habitacionais no país em 2013, segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). Para o governo, os alvos desse esforço são a eleições e a tentativa de impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB), ao mobilizar 1,3 milhão de trabalhadores.
Fonte: Redimob