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As empresas do setor da construção civil produziram 4,5% mais em 2011 na comparação com 2010, segundo a Pesquisa Anual da Construção Civil, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os dados são referentes a 92,7 mil empresas de construção que realizaram incorporações, obras e serviços no valor total de R$ 286,6 bilhões. Em relação a 2007, o aumento chegou a 63,1%, evidenciando o período de “boom” do mercado imobiliário, com vários lançamentos e aberturas de capital de companhias do setor.
Em 2011, o faturamento foi de R$ 268,5 bilhões, com alta de 3,2% em relação a 2010 e de 59,8% na comparação com 2007.
O número de pessoas ocupadas na indústria da construção cresceu 7,7% (ou 190 mil pessoas a mais) em relação a 2010. Já na comparação com 2007, houve expansão de 69,4%, o que corresponde a um acréscimo de 1,1 milhão de empregos na construção.
Tal “boom” vivido pelo setor já não mostra o mesmo vigor desde o ano passado diante de um cenário de crédito mais retraído, de problemas enfrentados por empresas do setor e do elevado endividamento das famílias.
Os dados do PIB (Produto Interno Bruto) revelam uma freada do setor de construção civil, que mantém, porém, algum dinamismo com obras de infraestrutura especialmente para a Copa.
Salários
Em 2011, o salário médio mensal dos empregados da construção era de R$ 1.437 –3,8% acima da média de 2010 (R$ 1.305) e 21,5% maior que a de 2007 (R$ 945).
Os dados do IBGE mostram ainda uma maior concentração do setor em grande empresas. As firmas com 250 ou mais pessoas ocupadas aumentaram de 47,9% do total em 2007 para 50% em 2011, considerando sua participação na receita da construção.