Executivos do mercado imobiliário garantem que este é o melhor momento para comprar
As dificuldades na economia brasileira afetam os dois maiores mercados imobiliários do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Com empreendimentos prontos ou em andamento, muitas incorporadoras precisam se capitalizar para outros investimentos, mas se veem com o maior estoque de todos os tempos — 26,7 mil em fevereiro, só na capital paulista. Algumas delas já chegam a reduzir a margem de lucro para vender logo.
O vice-presidente imobiliário do Sinduscon-SP, Odair Senra, diz que é possível encontrar apartamentos até 30% mais baratos. Mas ele alerta que os endereços mais procurados dificilmente entram nessas ofertas.
— O estoque pronto é um problema de liquidez. Aí a construtora sacrifica a margem de lucro, que é o que está acontecendo. Mas também depende do imóvel. Tem imóvel que é tão bem localizado que não vale a pena vender por menos.
Segundo o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emílio Kallas, “nunca houve um cenário tão favorável para o comprador como este”.
— Os preços estão caros em toda a cidade, mas estão bons. Quem comprar hoje vai sair ganhando, se olhar daqui a alguns anos. […] Mas o importante é que o comprador escolha o imóvel adequado para ele. Na escolha de um imóvel para a pessoa morar, a diferença mínima de preço não é importante.
As incorporadoras na Cidade Maravilhosa, onde o metro quadrado é o mais caro do País, também tiveram que colocar o pé no freio. Claudio Hermolin, diretor da construtora PDG, e vice-presidente da Ademi-RJ (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do RJ) e do Sinduscon-RJ, diz que hoje há 20% a mais de unidades em estoque.
— Nós tivemos um ano de 2013 com mais lançamentos. Já em 2014, o estoque foi maior. Você lança, aí começa a não vender tão bem no lançamento, no longo e médio prazo, você passa a diminuir o número de lançamentos.
Reflexo disso são os feirões que as construtoras têm organizado nos últimos meses. Em São Paulo, a PDG promete descontos de até R$ 321 mil. A Tecnisa oferece imóveis R$ 40 mil mais baratos. No fim do mês passado, a Gafisa fez uma promoção com taxa zero. Também na capital paulista, a Even ofertou mais de 3.900 unidades, em março, com até 50% de desconto.
Fonte: R7