Bonde
A profissão de corretor de imóveis completa 50 anos de regulamentação no Brasil em 2012 e vive um bom momento de especialização, com profissionais preparando-se e capacitando-se para as diversas áreas de atuação do profissional. O Paraná conta no momento com mais de 20 mil profissionais habilitados e inscritos no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci). “Pela necessidade do mercado, é um número até tímido e estimamos que haja espaço para dobrar a quantidade de profissionais regulamentados”, diz o delegado regional do Creci em Londrina, Jeronimo Francisco Neto.
Além da tradicional intermediação de compra e venda de imóveis, atualmente o corretor encontra campo de trabalho nos segmentos de locação e administração de carteira imobiliária, consultoria de mercado, assessoria técnica e financeira para financiamentos e documentação, atendimento e negociação em construtoras e também como professor/instrutor em cursos de formação de novos profissionais.
“O aquecimento dos negócios na indústria da construção civil e no mercado imobiliário, aliado à rápida segmentação e às novas demandas, ampliaram muito o espaço para o corretor de imóveis, profissional em falta e bastante requisitado em todo o Paraná”, afirma Marco Antonio Baccarin, presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Londrina e Região (Sincil).
Para entrar na profissão, o interessado deve ter no mínimo 18 anos e não existe limitação de idade para exercê-la. Outro dado interessante é que, dos profissionais inscritos no Creci-PR, 36% são mulheres. “É mais uma demonstração do crescimento, da abertura de espaço para os corretores, antes um trabalho quase que exclusivo dos homens”, complementa o delegado do Creci.
Mercado aquecido
O mercado imobiliário deve manter-se aquecido, com demanda crescente, por no mínimo mais 10 anos e, depois disso, se estabilizar num patamar de muitas negociações. A projeção é dos dirigentes do Sincil e do Creci, que apontam a melhoria das condições econômicas da população, a ascensão de classes, a oferta de crédito imobiliário, a demanda reprimida e a segurança e a rentabilidade do investimento em imóveis como fatores de fortalecimento do segmento.
“O bom corretor de imóveis, que faz sucesso e ganha dinheiro, tem a visão de que a cidade inteira está à venda, enxerga diariamente a oportunidade de novos negócios no setor. Por isso, a profissão atrai cada vez mais interessados em melhorar de vida”, afirma Jeronimo Francisco Neto, do Creci. Ele ressalta ainda como motivação a profissional o constante desejo das famílias de morarem melhor, “investindo em bem estar e sempre buscando um imóvel mais confortável e maior”.
O presidente do Sincil explica que a tabela de comissionamento do sindicato, homologada pelo Creci, estabelece o mínimo de 6% sobre o valor de comercialização de imóveis. “A comissão pode ser bem maior, dependendo da complexidade do negócio. Ou seja, existe possibilidade de bons ganhos na profissão”, diz Marco Antonio Bacarin.