Marketing Imobiliário
Milhões de brasileiros sonham em ter a casa própria. Para ajudar a concretizar esse anseio, é necessário que o cliente tenha a ajuda de um especialista nesse tipo de negócio. É aí que entram em cena os corretores de imóveis.
Em geral formados em Administração, Contabilidade ou Economia, esses profissionais intermediam a compra e a venda de imóveis. Eles ajudam a alavancar a comercialização dos produtos da construção civil, concretizam o sonho de quem pretende adquirir o primeiro imóvel e alimentam a expectativa de lucro de quem investe nesse mercado.
Pessoas de outros cursos, como Direito, Comunicação Social, Engenharia e até donos de cartórios também se aventuram na corretagem. O mercado, aquecido, atrai a expectativa de vida melhor de muitos trabalhadores insatisfeitos em suas atividades. Mas, apesar da grande procura, faltam profissionais capacitados.
Existem, no País, 250 mil profissionais inscritos no Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci). Destes, 140 mil são atuantes, ou seja, vivem da profissão. Os demais trabalham esporadicamente, pois fazem trabalhos paralelos. Os autônomos movimentam 50% das vendas, tanto nos lançamentos como, principalmente, nos imóveis de terceiros.
Hermes Alcântara, presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF), aconselha os compradores a procurar um profissional responsável para ajudar na venda ou compra de imóvel. Ele admite que a profissão tornou-se atraente devido aos bons rendimentos que proporciona.
O dirigente conta que cada curso está formando atualmente cerca de 100 novos alunos. “Um estagiário no setor de imobiliário ganha, numa venda, R$ 10 mil. Realmente, é uma profissão muito lucrativa”, declarou.
Um raio X dessa atividade atraente
Ao todo, no DF, há 15.700 corretores inscritos no Creci, mas só nove mil estão no mercado. A tendência, nos próximos meses, é de que mais de mil novos formandos entrem na profissão.
Há os prós e contras na profissão. O salário é alto, mas a pessoa deve abrir mão até do lazer nos finais de semana. E encarar a concorrência de profissionais que sequer são registrados nos conselhos regionais, não agregam a ética nos negócios e, às vezes, transformam o sonho dos clientes em pesadelo.
“O comprador deve verificar se o profissional está cadastrado no órgão competente, se tem a carteira (do Creci ou do Cofeci) e pedir o número de registro profissional. Isso valida o corretor para futuras negociações. A identidade expedida pelos conselhos regionais tem a cor verde e a carteira profissional, também expedida pelo órgão, é vermelha”, recomenda o presidente do Creci.
Profissão em evidência
Ronaldo Vieira, gerente da Cia Imobiliária, conta que “os 40 funcionários são autônomos”, mas garante que “a empresa oferece todo o apoio e cursos para melhorar a qualificação”. “Hoje esta é uma profissão em evidência”, disse.
Airton Oliveira, autônomo, é um exemplo de quem trocou de atividade. Formado em Contabilidade, teve um escritório, mas preferiu mudar para um negócio mais rentável.
“Há 19 anos trabalho no ramo de vendas de imóveis. Não me arrependo de ter mudado de profissão. O bom desta área é que faço meu horário e a comissão fica só para mim. Hoje, com os lançamentos, torno-me praticamente dono dos estabelecimentos. Mas meu foco são os imóveis de terceiros”, declarou.