G1
Os recursos concedidos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para financiamento imobiliário atingiram um recorde de R$ 37 bilhões de janeiro a junho, alta de 55% sobre o mesmo período de 2010, informou nesta quarta-feira (3) a associação que representa o setor no país, Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
A expectativa da Abecip é que, em 2011, o volume de financiamentos concedidos com recursos da poupança chegue a R$ 85 bilhões, o que seria que seria um crescimento de 51% em relação ao ano passado, quando foram concedidos R$ 56,2 bilhões. “Com viés de alta”, estima o presidente da Abecip, Luiz Antonio França.
Já o número de unidades financiadas deve chegar a 540 mil em 2011, crescimento de 28%. (421 mil)
Nos seis meses até junho, foram financiados 236,5 mil imóveis pelo sistema, volume 26% maior em relação ao mesmo período de 2010.
Considerando apenas o mês de junho, foram financiados 46,5 mil imóveis financiados, aumento de 13,8% em relação a um ano antes.
O valor dos imóveis financiados em junho somou R$ 7,78 bilhões, o que representa um aumento de 48% em relação a um ano antes.
De acordo com o presidente da Abecip, Luiz Antonio França, a expansão do crédito reflete também um aumento da confiança do consumidor no financiamento imobiliário. Dados apresentados pela Abecip nesta quarta mostram que, em 2005, o percentual médio financiado na compra de imóveis era de 47,8%. Em 2011, passou para 62,7%.
“As pessoas têm mais confiança no financiamento”, avaliou França.
As cadernetas de poupança mostraram recuperação em junho, com captação líquida de R$ 1,91 bilhão após dois meses consecutivos de resgates. Segundo a Abecip, foi o melhor resultado do ano para a aplicação.
Parcelas em atraso
De acordo com França, a inadimplência no setor está em níveis baixos em junho de 2011, em torno de 1,15%. Em 2010, foi de 1,2%. “O que causa a baixa inadimplência é a alienação fiduciária, ou seja, se o cliente não paga eles tomam o imóvel de volta. Isso faz com que as pessoas tratem essa dívida como prioridade.