A Caixa Econômica Federal atingiu, em outubro de 2013, um total de R$ 115,77 bilhões em contratações do crédito imobiliário.
O valor é 31,9% superior ao mesmo período de 2012, quando foram contratados R$ 88 bilhões. Com esse desempenho, a Caixa continua a liderar o financiamento com uma participação de 70%. A expectativa do banco é de que, até o fim de 2013, sejam atingidos mais de R$ 130 bilhões em financiamentos imobiliários, o equivalente a mais de 75% do que foi previsto inicialmente para o período, diz José Urbano Duarte, vice-presidente de Habitação da Caixa.
Um dado a destacar é que as pessoas estão adquirindo seu primeiro imóvel cada vez mais jovens. O total da carteira tem 44% dos Mentes com menos de 35 anos de idade; enquanto, nos contratos assinados exclusivamente em 2013, esse percentual é de 57%. “Isso reflete a melhoria da renda e do emprego e um programa de governo que permitiu oferecer crédito subsidiado e taxas mais baixas, variando entre 4,5% – para os beneficiários do Minha Casa Minha Vida com renda de até R$ 2,4 mil – e 9% ao ano.
Hoje, 98% do montante do financiamento imobiliário são feitos para pessoas com renda até seis salários mínimos, e, em unidades habitacionais, esse percentual é de 92%. Esse resultado tem permitido reduzir o deficit habitacional brasileiro, concentrado nesse segmento, e contabilizado em 5 milhões de unidades”, diz Duarte. Ele explica que, diferentemente do déficit, a demanda está diretamente relacionada com a capacidade que as pessoas efetivamente têm para comprar um imóvel, o que vem aumentado com a melhoria dos indicadores de emprego e renda.
Segundo Duarte, o Ministério das Cidades estima que, em dez anos, esse número será maior do que 20 milhões de unidades. “Esse é, portanto, o tamanho do mercado imobiliário brasileiro. O financiamento habitacional está mais acessível, a renda e o emprego estão crescendo, e a economia estável, permitindo que as pessoas possam planejar. Isso fez com que todos os bancos dessem uma atenção especial ao crédito Imobiliário. No mundo todo, 50% dos recursos dedicados ao financiamento são destinados à aquisição de imóveis. No Brasil financiava-se mais carros do que imóveis e, hoje, o percentual é de 25%, o que mostra que há perspectiva de da brar o mercado”, diagnostica Duarte.
O valor do financiamento varia de até R$ 190 mil, no Programa Minha Casa Minha Vida, com recursos do POTS; a até R$ 750 mil, no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que utiliza recursos do FGTS e da poupança e trabalha com taxas de até 8,2%.
Valores acima de R$ 750 mil também são financiados sem limite, mas fora do SFH, com recursos exclusivamente da poupança e taxas acima de 9%. Até outubro, foram fechados 1.611.306 contratos de financiamento imobiliário, com uma média diária de 7.258 contratos. Dos R$ 115,77 bilhões realizados, R$ 69,09 bilhões foram contratados ein financiamentos para aquisição ou construção de imóveis individuais e R$ 46,68 bilhões foram negociados em financiamentos para a produção de imóveis.
Analisando as fontes de recursos mais representativas, R$ 37,10 bilhões foram aplicados com recursos do Fundo de Garantia do Wrap de Serviço (FGTS); R$ 52,43 bilhões do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE); e R$ 15,48 bilhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).
No ano anterior, foram aplicados, no mesmo período, R$ 87,78 bilhões no total de 991.327 contratos, o que representa crescimento de 31,9% no valor e 63% no volume de contratos.
Correspondentes Bancários também estão autorizados a conceder financiamentos
Com a cidade sendo praticamente reconstruída, o Rio está recheado de ofertas de imóveis, até mesmo em bairros onde há muito não se viam tantos lançamentos, como Méier, Vila Isabel e Cachambi, na Zona Norte da cidade.
“Mais do que no bairro, as pessoas pensam na compra do melhor produto”, afirma Luigi Gaino, da Lopes Imobiliária, cuja área de Inteligência faz constantes pesquisas sobre o perfil e o que querem os moradores do Rio.
Ele cita como exemplo o lançamento do empreendimento Dom Condominium Club, da PDG – imóvel residencial no bairro do Cachambi, em frente ao Norte Shopping – que vendeu todas as suas 660 unidades em um único dia.
“Saiu até briga na disputa por um apartamento”, conta. Que o mercado imobiliário do Rio vive uma fase exuberante todos sabem. O que muitos desconhecem é que, para comprar um imóvel ninguém precisa ir diretamente a uma agência bancária em busca de financiamento. Bruno Teodoro, diretor da Estrutura Consulto ria Imobiliária, revela que os correspondentes bancários estão aptos a realizar todas as etapas do financiamento, desde a aprovação do crédito até a assinatura de contratos, o que agilizou o processo de atendimento.
Segundo ele, a Caixa oferece financiamento em duas modalidades, com recursos do FGTS ou de contas poupanças. No primeiro caso, são financiados imóveis até o limite de RS 750 mil. “Pela conta poupança, o limite é a prestação que couber no orçamento”, explica.
O diretor da Estrutura Consultoria dá boas razões para a compra de um imóvel residencial. “Para investir em fundos imobiliários, a pessoa precisa de um capital grande e eles rendem, em geral, 1% aos mês. Já o pagamento da prestação da casa própria equivale a 70% ou 80% do aluguel”.
A Estrutura é um dos maiores correspondentes da Caixa Econômica no Rio de Janeiro, sendo responsável por 250 processos mensais de financiamento e assinaturas de três mil escrituras por ano.
Fonte: Jornal O Globo – 28/11/2013