Em 2010, o crédito para financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal deverá ultrapassar R$ 70 bilhões, um recorde histórico, segundo o banco. A projeção anterior do banco era de R$ 60 bilhões até o final do ano. Se concretizada a previsão da Caixa, o banco fechará o ano com crescimento de 48,8% no crédito imobiliário.
Segundo a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, a Caixa deve terminar 2010 com 1 milhão de contratos de financiamento, que é recorde histórico.
“O volume registrado até agora, por si só, já é um resultado a ser comemorado”, disse Maria Fernanda.
De acordo com a instituição, até o último dia 3 de setembro o valor emprestado para habitação chegou em 2010 a R$ 47,6 bilhões, volume que já é maior do que o de todo o ano passado.
Em 2009, durante todo o ano, foram concedidos R$ 47,05 bilhões, recorde para um ano até agora. Em 2008, o volume foi de R$ 23,3 bilhões.
Desde abril de 2009, 630.886 imóveis financiados foram contratados, totalizando R$ 35,85 bilhões. Hoje, as propostas de empreendimento imobiliários em análise pela Caixa chegam a 418.860 unidades.
Do valor total aplicado pela Caixa, R$ 21,4 bilhões tiveram como fonte de recursos a caderneta de poupança e R$ 20,7 bilhões são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviços – FGTS. O restante vem de outras fontes.
Minha Casa, Minha Vida
De acordo com a Caixa, desde abril de 2009, quando o programa Minha Casa, Minha Vida foi criado, foram contratadas 630.886 mil unidades habitacionais, no valor de R$ 35,85 bilhões. Estão em análise pelo banco propostas para outras 418.860 moradias.
Considerando apenas 2010, o número de contratos corresponde a 355.358 moradias no valor de R$ 21,8 bilhões.
Mais fontes de dinheiro
No mês passado, o vice-presidente de controle e risco da Caixa Econômica Federal, Marcos Vasconcelos, havia dito que o banco pretende captar dinheiro no mercado ainda este ano para usar no crédito imobiliário, porque os recursos do FGTS e da poupança que financiam os programas de habitação e concessão de crédito imobiliário no Brasil serão insuficientes no futuro.
O executivo prevê que o volume concedido em crédito imobiliário cresça para até 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos. Atualmente, o volume representa 4% da riqueza produzida pelo país, nível considerado baixo pelo vice-presidente da Caixa.
Fonte: G1