INCC-M ficou em 0,25% no mês, abaixo do resultado de novembro, quando registrou variação de 0,3%
O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou, em dezembro, taxa de variação de 0,25%, abaixo do resultado do mês anterior, que foi de 0,30%. No ano, o índice acumula variação de 6,74%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,27%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,40%. Já o referente à mão de obra registrou variação de 0,24%, sendo que em novembro, a variação registrada foi de 0,22%. A aceleração está sendo consequência do reajuste salarial ocorrido em Recife.
O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
No grupo materiais, equipamentos e serviços, o índice correspondente a materiais e equipamentos registrou variação de 0,29%, um pouco acima à variação do mês anterior, quando a taxa havia sido de 0,27%. Dois dos quatro subgrupos componentes apresentaram acréscimo em suas taxas de variação, destacando-se materiais para acabamento, cuja taxa passou de 0,44% para 0,68%.
A parcela relativa a serviços passou de uma taxa de 0,89%, em novembro, para 0,19%, em dezembro. Neste grupo, vale destacar a desaceleração do subgrupo projetos, cuja variação passou de 1,46% para 0,07%.
Quatro capitais apresentaram desaceleração em suas taxas de variação: Salvador, Brasília, Porto Alegre e São Paulo. Em contrapartida, Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro registraram aceleração.
O INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Confiança da construção
Após avançar 1,0% em novembro, o Índice de Confiança da Construção (ICST), da Fundação Getulio Vargas, recuou 1,2% em dezembro de 2014, ao atingir 96,9 pontos, o menor nível da série iniciada em julho de 2010.
Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, a sondagem de dezembro confirma um quadro de diminuição da atividade que veio se acentuando durante o ano.
– Vale observar também que o fato de as expectativas chegarem ao pior patamar da série mostra que o empresário da construção não está vendo as perspectivas de retomada de forma muito otimista – afirma Ana Maria.
A maior contribuição para a queda do índice em dezembro foi dada pela piora da percepção do empresariado em relação à situação corrente dos negócios: o Índice da Situação Atual (ISA-CST), que havia crescido 2,3%, em novembro, caiu 1,7% neste mês, passando a 88,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE-CST) também apresentou recuo, ao passar de 106,1 pontos, em novembro, para 105,1 pontos, em dezembro, variação de -0,9%.
O movimento negativo do ISA-CST foi influenciada pelo quesito evolução recente da atividade, que recuou 3,5% em relação ao mês anterior, atingindo 82,1 pontos – o menor nível da série. Já o indicador que capta a o grau de satisfação com a situação atual dos negócios ficou estável ao atingir 95,1 pontos, com uma variação de 0,1%.
O resultado do IE-CST refletiu movimentos decrescentes dos dois quesitos que o compõem. O que mede a percepção das empresas quanto à situação dos seus negócios para os próximos seis meses exerceu a maior contribuição, ao passar de 112,7 pontos, em novembro, para 111,4 pontos, em dezembro, uma variação de -1,2%. O indicador que capta a expectativa em relação à evolução da demanda para os três meses seguintes apresentou queda de 0,7% na comparação com o mês de novembro, atingindo 98,7 pontos.
Fonte: OrmNews