O Dia Internacional da Mulher é comemorado mundialmente no dia 08 de março.
A data marca a importância da mulher na sociedade e a história da luta pelos seus direitos. Nesse dia, é comum as pessoas homenagearam as mulheres com flores, presentes, mensagens e frases.
Em alguns lugares inclusive, ocorrem conferências e eventos dedicados aos temas da igualdade de gênero, violência contra a mulher, conquistas e histórias de luta, feminismo, etc. Mas é isso mesmo que as mulheres querem? As mulheres querem reconhecimento e homenagens em apenas um único dia?
Março é o mês de fazer o balanço das conquistas femininas dos últimos anos. Mas as pesquisas, estudos e números mostram que mesmo com todos os avanços – e não são poucos –, o cenário não mudou muito. Os homens ainda lideram a maior parte dos centros de decisão em todo o mundo. E vão continuar nessa liderança – dados do Fórum Econômico Mundial mostram que, no ritmo atual, será necessário mais um século para conseguir igualar direitos e oportunidades entre homens e mulheres.
Mas afinal, o que querem às mulheres?
Ao contrário do que o imaginário popular prega sobre as mulheres, é possível saber exatamente o elas querem.
As mulheres querem andar na rua sem medo. Poder usar o transporte público sem medo, criar meninas sem medo, viver sem medo. Querem denunciar casos de estupro ou de violência doméstica sem culpa ou vergonha e com a garantia de punição aos agressores, para não serem vítima duas vezes. Aliás, querem acabar com todo o tipo de violência contra as mulheres e poder contar com ambientes de zero tolerância ao assédio sexual no trabalho, nas escolas, ou em qualquer lugar aonde queiram estar.
Querem também o compromisso das empresas em revisar suas políticas de contratação, de cargos e salários, criando metas para eliminar desigualdades e obstáculos em todos os níveis. E ver os governos cumprindo as leis. Pouca gente sabe, mas no Brasil a exigência de isonomia salarial entre homens e mulheres nas mesmas posições está na CLT desde 1943, confirmada pela Constituição de 1988. As que querem ser mães não querem ter o fardo da maternidade sozinhas. E por falar em fardo, as mulheres querem ensinar aos homens (e a algumas mulheres também) que o trabalho doméstico não é uma obrigação natural reservada a elas. A longa jornada sem remuneração, muitas vezes hereditária e vitalícia, sacrifica seus estudos, carreira e vida pessoal. As mulheres querem escolher seus destinos.
As mulheres querem, ainda, disputar e ocupar mais cargos públicos. Porque nesses espaços é que são definidas as regras para todos. Querem influir nas regras que as afetam diretamente para poder decidir sobre o próprio corpo, o próprio dinheiro e a própria vida. Sem tutela ou paternalismo: querem sentar nos mesmos fóruns em que pontificam hoje os homens, e liderar em conjunto.
As mulheres querem trabalhar, na profissão que julgarem ser a certa, e ganhar valores iguais aos homens e terem as mesmas condições de trabalho.
Mulheres Corretoras de Imóveis
Dados de dezembro de 2020, apurados pela Diretoria Nacional de Fiscalização do Sistema Cofeci-Creci, demonstram que a presença feminina na profissão de corretor de imóveis é de 34%, num universo de 413.861 corretores de imóveis.Ou seja, há mais de 140 mil mulheres atuando no mercado Imobiliário como corretoras de imoveis. Aqui no Espírito Santo, por exemplo, os números também têm crescido significativamente. No total de corretores ativos inscritos, 25 % são corretores mulheres e 75 % são corretores homens. Apesar de já existir há muito anos, a profissão de corretor de imóveis só foi permitida para mulheres a partir de março de 1958.
A popularização dessa profissão entre o sexo feminino vem acompanhada de uma característica importante e que sempre se encaixou no perfil feminino: a facilidade das mulheres com as vendas. A intimidade que elas têm em vender, seja lá qual for o produto, é absurdamente notável e com os imóveis não é diferente. Assim, o mercado imobiliário só ganhou em ter profissionais ingressadas no ramo. Além disso, as mulheres na maioria das vezes são mais sensíveis que os homens, e essa característica é ponto valioso na hora de resolver conflitos. Outro dado que vale ser destacado é que as mulheres são mais comunicativas e multitarefa, com isso, elas conseguem resolver vários problemas nas transações imobiliárias, deixando o cliente mais a vontade no processo de negociação.
Origem do Dia da Mulher
A origem do Dia Internacional da Mulher está repleta de controvérsias. Alguns associam o surgimento da data com a greve das mulheres que trabalhavam em Nova York na Triangle Shirtwaist Company e, consequentemente, ao incêndio que ocorreu em 1911.
Já outros, indicam que ela surgiu na Revolução Russa de 1917, a qual esteve marcada por diversas manifestações e reivindicações por parte das mulheres operárias.
No dia 08 de março de 1917 cerca de 90 mil operárias russas percorreram as ruas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, ao mesmo tempo que se manifestavam contra as ações do Czar Nicolau II.
Esse evento, que deu origem à data, ficou conhecido como “Pão e Paz”. Isso porque as manifestantes também lutavam contra a fome e a primeira guerra mundial (1914-1918).
Izabel Mendonça
Assessoria de Comunicação