Quem compra imóvel tem agora mais um item para observar: certificação de eficiência com uso do gás. Prédios comerciais e residenciais são responsáveis pelo consumo de 30% da energia do planeta. Uma das medidas encontradas para atenuar o impacto ambiental e financeiro do gasto energético foi o lançamento de certificação especial para edificações que adotam o gás em processos de aquecimento de água, refrigeração e até cogeração (produção de energia elétrica).
Desde o racionamento de energia, em 2001, o gás foi “descoberto” como alternativa de eficiência e economia para residências, indústria e comércio. O crescimento da procura levou à criação da nova certificação, que não escolhe o tipo de gás: é “flex”. Serão aceitos o gás liquefeito de petróleo (GLP) ou o gás natural.
O InMetro estabeleceu, desde o início de 2009, critérios para etiquetagem de eficiência energética em edifícios comerciais, de serviços e públicos. Parte integrante do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), o regulamento permite etiquetar o nível de eficiência energética das edificações, em graduações de ‘A’ a ‘E’, sendo A a mais eficiente — similar ao conceito nos produtos elétricos. O consumidor poderá conferir.
Mais um quesito de qualidade
O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, afirma que o novo método de certificação permite que a pessoa possa avaliar a qualidade e a modernidade das técnicas de construção adotadas pelo prédio. “A pessoa que adquire imóvel quer economia e segurança. A certificação é uma revolução”, explica.
Segundo ele, o projeto de desenvolvimento da certificação teve apoio do sindicato e foi coordenado pela Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações e professores da USP.
Segundo a Ultragaz, uma das aplicações menos conhecidas do Gás LP é a geração de frio pela tecnologia chamada “ciclo de absorção”, também adotada em frigoríficos.
Algumas secadoras de roupa aquecem ar por meio de um queimador de gás — o que proporciona economia na conta de energia elétrica. Lavadoras de roupa também podem usar o mesmo combustível, usando água que atravessa o aquecedor.
ECONOMIZE
GLP (GÁS DE BOTIJÃO)
É 34% mais econômico, mas a recarga é desconfortável. O sistema de tancagem e abastecimento a granel corrige o problema. Hoje, há sistema de controle automático e via satélite: caminhões recebem aviso do condomínio e vão recarregar.
GÁS NATURAL
É a mais barata energia de fornecimento contínuo. Como não há necessidade de estocar gás, sobra espaço na casa. Conta pode ser paga por débito automático. É uma energia limpa, que não produz resíduos tóxicos.
Fonte: O Dia