Anos 80 e 90: Profissão Solidificada e Reconhecimento
Após a assinatura da Lei nº 6.530/78, os membros da diretoria do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) e os conselheiros federais reuniram-se para estabelecer as normas previstas na lei, como a Resolução nº 05/78, que define critérios para o contrato-padrão, considerando que o relacionamento entre o profissional e o cliente deve ser resguardado por instrumento contratual. Em seguida foram determinados, pela Resolução n.º 13/78, os atos administrativos dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis, e pela Resolução n.º 17/78, o modelo de carteira e cédula de identidade profissional.
Em 1979, entre as resoluções do Cofeci destacaram a de nº 27/79, que dispõe sobre o Certificado de Inscrição de pessoa jurídica; a de nº 28/79, que dispõe sobre anúncio para a alienação de imóveis (resgatando a opção de venda); a resolução nº 32/79, que dispõe sobre a intervenção nos Crecis.
Os anos 80 foram marcados pela solidificação e organização da profissão de Corretor de Imóveis em todo o Brasil. Nos Estados onde ainda não existiam Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis, e que foram fundados em 1978, houve a necessidade de organizar a atividade de fiscalização, trazendo para essas regiões as técnicas e conhecimentos utilizados em outros Estados. Também foram criados cursos para a formação de Técnicos em Transações Imobiliárias, e, em alguns Estados, cursos supletivos, complementando a formação daqueles que já tinham completado o segundo grau.
Colibri de Ouro
Em 1981, o Cofeci estabeleceu como símbolo dos Corretores de Imóveis o Colibri “Glaucis hirsuta” (resolução 126/81, assinada por Aref Assereuy) e criou a medalha do mérito do Corretor de Imóveis, além de instituir o registro de mérito “ad perpetuam rei memoriam”, em um livro especial. Esta foi a maneira encontrada para reconhecer e estimular o mérito de profissionais da intermediação imobiliária, bem como personalidades e instituições, nacionais e estrangeiras, pelos serviços relevantes serviços prestados à classe.
A análise da escolha dos nomes é feita por quatro membros da Comissão de Mérito. O livro do mérito foi aberto com os nomes do ministro Arnaldo da Costa Prieto, patrono da classe, dos ex-presidentes do Cofeci, de seus fundadores e de Corretores já falecidos, cuja ação em vida possa enquadrar-se no espírito desta homenagem.
Entre os profissionais homenageados com o título Colibri de Ouro, estão: Arnaldo da Costa Prieto, Antônio Macuco Alves, Armando Simões Pires, Luiz Mirra, Newton Bicudo, Rubens Coelho, Lúcio Monteiro da Cruz, Roberto Irineu Marinho, José Aparecido de Oliveira (ex-governador do Distrito Federal, ex-ministro da Cultura e ex-embaixador do Brasil em Portugal), Edmundo Carlos Freitas Xavier, Aref Assreuy, Plínio Gonzaga, Elias Bufaiçal, Ivenaldo da Silva Figueiredo, Antônio Benedicto Gomes Carneiro, José Arantes Costa eWaldyr Luciano.
O presidente das Organizações Globo, jornalista Roberto Marinho, foi a sétima pessoa a receber o título Colibri de Ouro. Ele foi o paraninfo de uma turma de 350 novos Corretores de Imóveis e de 35 novas imobiliárias em uma cerimônia realizada pelo Creci 1ª Região/RJ, em uma solenidade realizada no auditório do jornal O Globo, no dia 21 de julho de 1983. “O expressivo número de novos profissionais, os quais, para gozarem o privilégio do reconhecimento legal de suas atividades, se submeteram a um processo de preparação de alto nível, coloca em relevo a importância desta atividade em nosso meio, que lhe oferece campo, mas ao mesmo tempo lhe exige responsabilidades”, disse Roberto Marinho em seu discurso.
Hoje, o aumento da complexidade das transações imobiliárias, a aceleração dos processos de mudança social, as dificuldades oriundas dos fenômenos de urbanização, gerando flutuações muito rápidas, mais e mais estão a requerer destes Técnicos em Transações Imobiliárias formação competente e informação atualizada. Justificam-se, pois, os cuidados rigorosos na outorga deste diploma profissional, confirmou.
Nessa cerimônia, foi outorgado a Roberto Marinho o título de Corretor Honorário. A condição de Corretor Honorário e de paraninfo desta turma certamente representa o melhor galardão que me oferecem. Recebo-os como estímulo vigoroso. Quero continuar lutando pela classe, hoje enriquecida com o ingresso de contingente de tamanha expressão. O mercado imobiliário é o reflexo da grandeza de um país e das suas cidades. Estou certo de que, em breve, com a ajuda dos senhores, as nossas cidades terão um novo dinamismo na parte da construção e de embelezamento, um métier tão importante para a vida das nossas cidades, finalizou.
Colibri de Prata
A Resolução Cofeci nº 126-A/91 criou a medalha do mérito (Prata) e o diploma do Corretor de Imóveis e instituiu o registro “ad perpetuam rei memoriam”, em livro especial, com objetivo de homenagear todos aqueles que prestam relevantes serviços à classe. Entre os que podem ser agraciados com esta homenagem, estão os conselheiros efetivos junto ao Plenário do Cofeci, após o terceiro mandato, bem como os ex-presidentes dos CRECI’S.