O segmento de imóveis de luxo representa 15% do mercado imobiliário brasileiro, um nicho “ainda pequeno”, mas que oferece grandes oportunidades de investimentos e expansão, afirmaram nesta terça-feira fontes do setor reunidas em São Paulo.
“O mercado é muito pequeno ainda, porque, apesar do auge atual, ficou estagnado durante 20 anos por falta de crédito”, assinalou à Agência Efe o presidente da Sotheby’s International Realty no Brasil, Fabio Rossi.
De acordo com o relatório apresentado pela entidade nesta terça-feira em São Paulo a jornalistas e agentes imobiliários, 38 mil imóveis foram construídos no Brasil em 2010. O setor de construção civil responde por 4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
“É um número bem inferior aos 25% a 30% dos países latino-americanos”, comentou Rossi.
A empresa, que faz parte da matriz americana Sotheby’s International Realty, braço imobiliário da famosa casa britânica de leilões Sotheby’s, prevê negociar R$ 1 bilhão no Brasil neste ano.
Os negócios da empresa no Brasil para os próximos três anos, estimados em R$ 4 bilhões, baseiam-se na “estabilidade política e econômica do país, condições meteorológicas favoráveis, variedade étnica e gastronômica e liberdade religiosa”, apontou Rossi.
O executivo indicou também que os preços de imóveis de luxo em cidades brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro são até 40% inferiores aos de outras grandes cidades do mundo, como Moscou, Tóquio, Londres, Paris e Nova York.
“O Brasil pode comemorar uma maior oferta quando se trata de imóveis em cidades com praia. Existe no país mais rapidez na expedição de licenças para criar novos projetos. Em Miami, um projeto pode demorar entre dois e três anos, enquanto aqui realizamos dez nesse mesmo período de tempo”, comparou Rossi.
Com uma comercialização de 30% de imóveis com projetos próprios e de 70% de projetos das construtoras, a Sotheby’s International Realty atua em São Paulo, Florianópolis, Natal e Campo Grande.
A companhia especializada em negócio de venda de imóveis de luxo pretende neste ano estabelecer-se em mais cidades brasileiras, entre elas, no Rio de Janeiro.
Fonte: Clip Imobiliário