Imóveis antigos têm a vantagem de serem maiores do que os lançamentos recentes e custarem menos em comparação com novos do mesmo tamanho, mas é preciso prestar atenção à estrutura do apartamento e ao estado de conservação do prédio antes de fechar o negócio.
A pesquisadora Ana Moraes Coelho, 28, conta que visitou mais de 30 imóveis antes de optar por um apartamento na Consolação, no centro da capital paulista, da década de 1970.
A planta bateu com tudo o que ela queria em sua casa: janelas amplas, quartos espaçosos e uma cozinha que permitisse receber os amigos em casa.
Por isso, não hesitou em gastar R$ 120 mil para reformar o apartamento de 112 m² que comprou por R$ 610 mil. “Troquei toda a parte elétrica e hidráulica, que era a mesma desde que o prédio foi construído”, conta.
O engenheiro Victor Ventura, da Ventura Consultoria, destaca que a fiação é um dos principais pontos a se ficar atento, por isso recomenda checar se não há fios expostos e como está a situação do quadro de luz –se não há sinais de curto-circuito, por exemplo.
A idade da fiação também deve ser levada em conta. “Depois de um tempo, o plástico que protege os fios começa a ficar quebradiço.”
Verificar a situação das madeiras também é importante, pois podem ter infestação de cupins. “O comprador consegue ter uma ideia apenas batendo, para ver se está oca.”
Os apartamentos de último andar merecem atenção redobrada, já que as infiltrações são mais comuns. É necessário desconfiar mesmo quando não há manchas aparentes.
“Para vender, a pessoa dá um banho de loja, faz uma pintura, e isso disfarça as infiltrações”, alerta.
Por conta de questões como essa, é recomendável contratar um especialista para fazer uma vistoria.
“Não é um serviço caro e, muitas vezes, é o negócio da vida da pessoa, então é importante que ela tenha esse cuidado”, diz Marco Dal Maso, diretor da Aabic (Associação de Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo). O serviço custa cerca de R$ 200 por hora.