Folha/Uol
Com pressão menor do dólar e de matérias-primas, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, desacelerou em outubro para 0,86%, ante variação de 1,5% no mês anterior.
O resultado ficou abaixo da expectativa dos analistas (0,92%) ouvidos pela agência Reuters. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,27%.
Os preços no atacado, com peso de 60% no índice geral, foram os principais responsáveis pela desaceleração no mês, ao reduzir a alta de 2,11% em setembro para 1,09% em outubro.
Segundo economistas, a valorização recente do real em relação ao dólar e a queda de commodities no mercado externo trazem alívio à inflação no atacado neste mês.
Os produtos agropecuários subiram 0,49% depois de uma elevação de 2,97% e ajudaram a conter a pressão. A redução nos preços de café (-8,86%), ovos (-7,08%), milho (-2,53%), mamão (-15,90%), além de adubos e fertilizantes (-4,14%) foram os destaques no mês.
Quando considerado os estágios de produção, as matérias-primas brutas tiveram a desaceleração mais relevante, saindo de 4,21% para 1,95%.
Na ponta do varejo, que tem peso de 30% no índice geral, houve maior pressão de carnes (2,47%), tomate (13,79%) e de passagens aéreas (12,34%), que fizeram o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) acelerar para 0,43% em outubro, ante 0,27% em setembro.
Os preços registrados no setor de construção civil também ajudaram a retirar pressão do índice geral. Materiais subiram menos no mês (0,68%) e os custos de mão de obra ficaram estáveis pelo segundo mês seguido.
O IGP-M calcula as variações de preços no período entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência. Além dos contratos de aluguel, o índice também é usado como referência para os contratos de energia.