Mercado imobiliário continua aquecido devido as menores taxas de juros para financiar imóveis.
Depois de crescer 57,5% no ano passado – com R$ 124 bilhões liberados pelos bancos -, o volume de financiamentos imobiliários deu um novo salto de 113% no primeiro trimestre de 2021, em relação aos três primeiros meses do ano passado. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), as operações entre janeiro e março chegaram ao valor recorde de R$ 43,1 bilhões, com 187,6 mil unidades vendidas.
E a avaliação é de que, mesmo com a escalada dos preços de materiais de construção, a expansão do setor imobiliário deve continuar em alta no decorrer dos próximos meses.
Em meio à forte demanda dos brasileiros pela casa própria ou por novos imóveis, o setor imobiliário já projeta crescimento superior a 30% nos financiamentos para este ano, ainda que a economia do País esteja sendo afetada pela pandemia do Covid 19.
Para se ter uma ideia desse crescimento, no Espírito Santo, nestes primeiros cinco meses do ano, o Banco do Estado do Espírito Santo, Banestes, já ultrapassou a marca de financiamento imobiliários de todo o ano de 2020. Foram realizadas 955 operações de crédito imobiliário, que dão um total de R$ 249,4 milhões, enquanto que no ano anterior, foram realizadas 625 operações representando um total de R$ 151,6 milhões, ou seja, 330 negócios realizados a mais e cerca de R$ 100 milhões no total. Nos cinco primeiros meses do ano passado, o Banestes contabilizou R$ 68,4 milhões em operações de financiamento imobiliário.
Para especialistas do setor, a demanda continua aquecida e em alta, e um dos motivos é a baixa de juros no país que está em 3,5 % ao ano. Além disso, a pandemia trouxe novos hábitos ao consumidor que se viu mais tempo em casa, por conta do isolamento, e muitas famílias passaram a perceber a necessidade real de possuir um imóvel maior.
Palavra do Presidente:
Aurélio Cápua Dallapícula, Presidente do CRECI- ES acredita que os juros baixos e aumento da adesão à modalidade home office está entre os motivos para o crescimento do setor. “Diante dos riscos de contaminação, milhares de trabalhadores migraram dos escritórios para dentro de suas casas. Vale destacar que, em muitos Estados, e até aqui no ES, a tendência é para que esse novo modelo de trabalho seja fixado de maneira permanente. Nesse sentido, as pessoas deixaram de enxergar suas casas apenas como um lugar para dormir e, em busca de melhor qualidade de vida, muitos tem decidido se mudar para imóveis com mais espaço para suprir essa necessidade. Além disso, o momento é propício para adquirir o sonho de ter um bem, seja para morar ou investir. Para se ter uma ideia, a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) está em 5 %. Isso para a economia é uma notícia ímpar, e influencia todo o Mercado Imobiliário. A taxa Selic, – que antes estava a 2,0 % e agora está a 3,5 %-, continua sedutora. Os juros estão entre os mais baixos da história, e ainda tem a questão do dólar que também está caindo. A moeda americana afeta diretamente as transações em qualquer país por ser referência na economia mundial. E com o Brasil não é diferente. O dólar influencia muito o mercado. A queda da moeda é benéfica quando se trata de compra e venda de imóveis, pois as taxas de financiamento e os juros tendem a diminuir, facilitando assim ainda mais o investimento e as formas de pagamento. A partir do momento que a economia se estabiliza e o dólar cai, o mercado será reaquecido e os imóveis alcançarão maior valorização, mais um indicativo que a variação do dólar para o setor imobiliário proporciona as condições ideais para investimento imobiliário”. Completou o presidente.
Apesar do cenário econômico brasileiro ser de incerteza, e a crise sanitária ainda persistir no Estado, as perspectivas são positivas e de crescimento para o setor.
Izabel Mendonça
Assessoria de Comunicação CRECI