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Os números revelam: carros ou outros “luxos” continuam sendo desejo da população, mas a compra da casa própria assume pela primeira vez na história do Brasil a preferência absoluta
De acordo com dados divulgados esta semana pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), no ano passado, o crédito imobiliário apresentou um salto de 32% em relação ao ano de 2012. O número superou a expectativa do mercado que era de 15% a 20%. Neste novo cenário, a carteira de crédito imobiliário, em 2013, para pessoa física atingiu R$ 334 bilhões e, assim, ultrapassou o total voltado para crédito pessoal, de R$ 320 bilhões, e de veículos, de R$ 193 bilhões.
Isso significa que, mesmo após uma suposta estabilização deste mercado, o setor da construção civil continua em situação favorável, com tendência ao crescimento. Peterson Querino, presidente da Construtora Casa Mais, fundada há cinco anos, sentiu que os bons ventos da economia sopraram na direção da ascensão de sua empresa. “Com certeza, o crescimento do crédito imobiliário ano a ano causou impactos positivos na Casa Mais, principalmente porque o foco de nossa empresa é imóvel que utiliza recursos de Caderneta de Poupança. A partir deste cenário positivo estabelecemos um planejamento de crescimento e investimentos no segmento”, analisa.
Para este ano, a expectativa de crescimento do crédito imobiliário volta a ser de 15% a 20%, mantendo o clima de otimismo no setor. Para Peterson Querino, ao menos na Construtora Casa Mais, 2014 será um ano estratégico. “Nossas projeções para 2014 estão em linha com o otimismo e a demanda crescente de nosso segmento. Trabalhamos nos últimos dois anos com a expansão da Casa Mais na Região Metropolitana de Belo Horizonte e em algumas cidades polo no interior, o que nos proporcionará lançamentos estimados em R$300 milhões. Com relação ao nosso volume de financiamentos com recursos da Caderneta de Poupança, a estimativa é que crescerão 800% no período”, comemora.