No dia 11 de outubro é comemorado em todo o país o Dia da Pessoa com Deficiência Física. A data foi criada para conscientizar a população para os direitos dos deficientes. E a acessibilidade é um deles. Um grande exemplo disso são os novos empreendimentos imobiliários que já estão sendo adaptados visando este público.
Segundo algumas construtoras, grande parte dos interessados em adquirir um imóvel questionam se o condomínio possuem projetos visando o deficiente físico, como rampas, sanitários adequados e piso tátil. Até mesmo prédios antigos podem ser adaptados, mas é necessário bastante atenção.
“Muitas pessoas, na ânsia de querer ajudar, acabam colocando a pessoa com deficiência em risco. Por exemplo, as rampas de acesso. É preciso prestar atenção na inclinação correta para não haver problemas. Se o lugar for alto, pode-se resolver o problema criando dois níveis de rampas”, ressalta a arquiteta da STR Incorporações & Engenharia, Carolina Araújo.
A arquiteta afirma que além de melhorar a vida dos deficientes, a acessibilidade pode ainda valorizar o imóvel.
“Mais do que a construção de rampas, é preciso maior cuidado com a segurança dos idosos e deficientes para garantir o livre acesso, independente das fases da vida ou condições de cada um. A acessibilidade é a garantia de maior independência para alguns e benefícios para todos, além de valorizar o patrimônio”, diz.
Conheça algumas dessas principais adaptações:
· A largura dos corredores internos para a passagem de uma cadeira de rodas é de 90 cm de vão livre. Caso seja possível a criação de uma largura maior, faça com 120 cm, para que o cadeirante possa girar para os lados.
· Observe a largura dos vãos das portas de áreas comuns. Eles devem ter, no mínimo, 80 cm entre os batentes e a porta deve abrir 90°.
· Vale lembrar também que maçanetas devem estar em uma altura confortável aos cadeirantes, assim como interruptores, campainhas, tomada, acionadores de alarme e outros.
· O piso tátil para deficientes visuais devem ser utilizados, principalmente, em grandes espaços ou locais com situações de perigo, como por exemplo, na frente de elevadores.
· As escadas internas de um condomínio devem possuir largura mínima de 120 cm, corrimão em altura confortável e faixa de piso antiderrapante nos degraus.
· Em acessos por meio de uma escadas ou degraus, é necessária a construção de uma rampa. A inclinação deve obedecer às normas técnicas, para evitar acidentes.
· Os elevadores também devem ser adaptados. É importante que não exista desnível entre o piso externo e o piso do elevador. A cabine do elevador deve ter dimensões mínimas de 110 x 140 cm e a porta com, no mínimo, 80 cm de largura. Também devem ter barras de apoio, piso antiderrapante, aviso sonoro dos andares e botões em uma altura acessível.
· Os banheiros adaptados devem estar próximos dos demais, porém, ter entradas independentes, para que a pessoa deficiente possa ser acompanhada por alguém do sexo oposto, se necessário. As medidas dos sanitários são mais amplas, e devem ser de, no mínimo, 150 cm na parede em que ficar o vaso e 170 cm na parede lateral. As louças devem estar em altura e disposição confortável, além de possuir barras de apoio.
Fonte: Jornal O Dia – 11/10/2013