A partir do lançamento do Minha Casa, Minha Vida, no governo Lula, boa parte do noticiário sobre o mercado imobiliário passou a se concentrar no desenvolvimento desse programa e seus bons resultados.
Empresas com atividade dirigida para nichos específicos da construção também vislumbraram possibilidade de ganhos aderindo aos imóveis para as camadas de menor poder aquisitivo, fortemente incentivados pelo governo, embora sem se descuidar de outras faixas, como a de luxo.
Luiz Paulo Pompéia, diretor de pesquisa da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio, explica que são classificados como imóveis de luxo aqueles com valor acima de R$ 4 milhões, enquanto o alto padrão fica abaixo desse valor, e acima de R$ 500 mil.
Nos últimos cinco anos foram lançados apenas 13 empreendimentos classificados como de luxo na capital paulista, com o total de 481 unidades residenciais.
O número é pequeno se comparado com as demais faixas do mercado imobiliário, mas resultaram num volume de R$ 2,75 bilhões para as incorporadoras.
Há oportunidades para imóveis de luxo e alto padrão em todo o país, avisa Djean Cruz, diretor Regional da Odebrecht Realizações no Nordeste, com a ressalva de que é preciso saber que tipo de luxo pode ser funcional aos futuros ocupantes do imóvel.
Como exemplo cita um dos empreendimentos da sua empresa em Salvador, que colocou um teleférico à disposição dos moradores para levá-los até o pier próximo ao prédio para embarcarem em seus barcos ali ancorados e transportá-los de volta quando desembarcam.
Fonte: Brasil Econômico