Estudo apresentado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE), revela que a mulher brasileira vem aumentando significativamente a presença nas finanças domésticas.
Em 1992, a participação feminina na renda familiar foi apurada em 39,1% dos domicílios brasileiros. O estudo apresentado (13, outubro, 2010) pelo Ipea mostra que, em 2009, o percentual subiu para 65,8. Para compor o ganho da família, a participação da mulher alcançou 40,9%, quando em 2002 era de 30,1%.
O estudo revela também um decréscimo no percentual do retrato comum às famílias brasileiras, que é o de um casal com filhos. Enquanto, em 2002, tal descrição correspondia às famílias residentes em 62,8% dos lares, em 2009 tal característica foi constada em 49,9% dos domicílios.
Apesar da diminuição do percentual, o casal com filhos ainda predomina, enquanto típica família brasileira. Contudo, cresceu o percentual de famílias constituídas por casais sem filhos: de 11,7% em 2002, para 16,2% em 2009.
Aumentou também o número de domicílios habitados por famílias monoparentais (filhos que moram em companhia somente da mãe ou do pai; ou mesmo com um familiar próximo, como o avô ou a avó): de 13,9% em 2002, para 17,4% em 2009. Neste ano, o número de domicílios habitados por homens sozinhos representou 7,5% do total brasileiro, contra 5,4% em 2002. No caso de mulheres vivendo sozinhas, o aumento foi um pouco maior: de 6,2% em 2002, para 8,9% em 2009.
Fonte: R7