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Depois de cinco dias sem água, na última semana, a população de Vila Velha tem que enfrentar a situação novamente. Um novo vazamento na adutora que abastece a área norte de Vila Velha foi encontrado a 500 metros do local do último rompimento. Por conta disso a Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) suspendeu o abastecimento às 10 horas desta quarta-feira (13). A paralisação permanecerá, segundo a previsão da empresa, até às 06 horas desta quinta-feira (14).
O estudante Sanny Moura ficou preocupado com a situação. No prédio onde mora, na Praia da Costa, com receio de ficarem sem água, os moradores estão poupando. A também estudante Mariana Fiorin, tem muito medo de ficar sem água. “Tivemos que tomar banho de gato, com balde. Parecia tempo das cavernas. Fora os transtornos do tempo”.
A Cesan informou que houve uma redução na vazão de água de 1200 litros por segundo (l/s) para 1000 l/s para diminuir a pressão na tubulação. Os reservatórios de água no município de Vila Velha estão com 18,8 milhões de litros de água, o que a Cesan acredita que será suficiente para garantir o abastecimento para a população até que a adutora seja substituída. Ainda não há notícia de falta de água no município devido a este novo rompimento. A adutora que apresenta problemas abastece a cidade, exceto a Grande Terra Vermelha, Barra do Jucu e Ponta da Fruta.
Este é o segundo rompimento em uma adutora em uma semana. Oprimeiro aconteceu entre a última quarta-feira (06) e domingo (10). Durante o período de cinco dias sem água, os moradores do município enfrentaram vários transtornos, como a falta de água para atividades básicas cotidianas e o gasto com galões de água mineral.
Em alguns pontos de Vila Velha, logo que o abastecimento foi restabelecido, alguns moradores relataram que a água que saía das torneiras encontrava-se amarelada ou barrenta. Foi assim com a comerciante do Pólo da Glória, Ingrid Neves. “A água estava encardida, preta. Hoje já está branquinha novamente”, conta. Em outros estabelecimentos comerciais da região, entretanto, não foi relatado o mesmo problema.
No bairro Cristóvão Colombo, foram três dias sem água. O marceneiro José Ricardo conta que os galões de 20 litros de água estavam com preço muito acima do normal. “Precisamos comprar cinco galões. Pagamos 25 reais em cada um deles”, explica.
A moradora Adriana Correia Gomes, 37, do mesmo bairro, conta que ficou sem tomar banho e não tinha dinheiro para comprar água, nem comida nos restaurantes próximos. Sobre a qualidade da água, Adriana conta que logo que o abastecimento foi restabelecido, a água estava meio barrenta, numa torneira que vinha direto da rua.
Em Itapoã, onde a falta d’água durou quatro dias, o restabelecimento aconteceu também neste domingo. Segundo a moradora Cintia Xavier, em seu condomínio, após três dias foi solicitado um caminhão pipa, pois a situação já era insuportável. Neste período, até a água da piscina foi utilizada para tomar banho.