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Segundo especialistas, os preços reais dos imóveis no Brasil estão no menor patamar desde 2011.
O preço da casa própria está mais acessível ao bolso do brasileiro. O metro quadrado do imóvel pronto sobe abaixo da inflação em algumas capitais, como Belo Horizonte e Porto Alegre. Sucessivos indicadores – da indústria ao varejo – reforçam a desaceleração da economia brasileira, que pode crescer menos de 1% neste ano.
Segundo reportagem veiculada no portal Época Negócios, após avanço na casa dos 95% de 2011 a 2013, as concessões de crédito imobiliário caíram 2,2% entre os meses de junho de 2013 e 2014, segundo o BC.
Clemens Nunes, professor de Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), diz que o incremento salarial no Brasil nos últimos anos criou expectativa positiva nas construtoras, que não se confirmou. “Quem não vendeu no lançamento dos imóveis agora tem alto custo de manutenção”, diz.
Com isso, os preços reais dos imóveis no Brasil estão no menor patamar desde o pico observado em 2011, quando a euforia tomava conta do setor – completa o professor João da Rocha Lima Jr., do Núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP. “Os preços estavam inadequados no 1º trimestre de 2011 e hoje estão num patamar justo”, diz. “Ou seja, são suficientes para pagar os custos de construção e garantem uma remuneração adequada às empresas pelo risco.”
Para ele, não há espaço para especulação hoje, porque a demanda está contida. Tampouco há margem para quedas consideráveis de preço – caso contrário, o investimento não seria atrativo às construtoras. A tendência, nessas condições, seria a de estabilidade no curto e médio prazos. Nunes, da FGV, tem opinião semelhante, mas não descarta recuo nos preços pelos próximos dois anos.