Diante dos questionamentos sobre a ameaça do aumento do crédito imobiliáio ao sistema financeiro brasileiro, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, descartou nesta quinta-feira adotar medidas de curto prazo para conter esse crescimento. No entanto, ele admitiu a necessidade de monitorar mais de perto o comportamento dos financiamentos habitacionais para que o Brasil não enfrente o mesmo problema dos Estados Unidos. No fim de 2008, a especulação imobiliária norte-americana deu origem à crise financeira que abalou a comunidade internacional.
– Com a crise internacional, o Brasil precisa estar atento. Nada que requeira medidas prudenciais, apenas o monitoramento contínuo do mercado de crédito imobiliário. Para a autoridade monetária, esse é um tema que ganha importância hoje e nos próximos anos – afirmou o presidente do BC.
Tombini justificou que o crescimento do mercado imobiliário no Brasil é decorrência do déficit habitacional, com uma demanda reprimida de 6 milhões de unidades. Em sua avaliação, ele previu que, em 2011, o crédito habitacional crescerá um pouco mais que o crédito ao consumo.
Fonte: Extra