Proteger o lar contra incêndios e desastres naturais está se tornando cada vez mais comum. É o que garantem corretores e seguradoras brasileiras. Pegando carona no forte crescimento do setor imobiliário, os seguros residenciais estão ganhando mercado. Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), no ano passado o mercado de seguros para residências registrou de janeiro a abril uma receita de R$ 378,4 milhões. Esse valor representa uma alta de 20,2% sobre o mesmo período de 2009.
De acordo com Aliomar Freitas, superintendente comercial da Aliança do Brasil, empresa integrante do conglomerado Banco do Brasil, a modalidade deve continuar crescendo, pois ainda há espaço no mercado.
“O País possui, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 58 milhões de domicílios. Estima-se que em torno de 10%, apenas, possui algum tipo de proteção. Enquanto o mercado imobiliário se mantiver aquecido também podemos esperar o crescimento das vendas do produto”, afirma.
Compartilhando do mesmo conceito Walter Viegas, gerente executivo de seguros do Santander, acredita que este tipo de produto tem um crescimento garantido devido ao número de residências que ainda não possuem cobertura. “O seguro residencial tende a crescer não só pelo ‘boom’ imobiliário do País, mas pelo baixo índice de imóveis segurados atualmente e também pelo crescimento da renda e da conscientização da necessidade de proteção do patrimônio pelas pessoas”, informa Viegas.
Empresa cresceu 50% no setor
Ricardo Saad, presidente da Bradesco Auto/RE Companhia de Seguros, destaca que no ano passado a empresa cresceu mais de 50 % no setor. “No ramo residencial, o Bradesco Seguros apresentou faturamento de R$ 203 milhões de janeiro a dezembro de 2010 – evolução de 53% em relação a 2009, enquanto o mercado registrou 22% no mesmo período. Nossa carteira possui mais de 1,6 milhão de residências seguradas”, afirma Saad.
Na opinião de Alexandre Batista, diretor de riscos diversos da Caixa Seguros, o seguro residencial ainda é pouco contratado no Brasil, pois os consumidores não têm muito conhecimento sobre o produto. “Muitos acham que é caro, mas na verdade, o seguro residencial é aproximadamente 20 vezes mais barato que um seguro de veículo”, exemplifica Batista.
Além dos bancos existem empresas especializadas, na área, que oferecem diversos tipos de seguros residenciais. Desde os mais simples até os mais sofisticados.
Segmento – O crescimento da classe C e a mudança de cultura da população também foram fundamentais para o representativo crescimento do segmento. É o que afirma Aliomar Freitas, da Aliança Brasil.
“Os brasileiros já têm a cultura do seguro de automóvel enraizada. Aos poucos eles vêm percebendo a importância de segurar o imóvel, que é um bem muito mais valioso, que se demora mais tempo para adquirir. Principalmente, quando comparam o valor do seguro de carro com o residencial e descobrem que proteger a casa é muito mais barato que o carro”, comenta Freitas, esclarecendo que os valores do serviço dependem do tipo de residência que se deseja proteger e as coberturas escolhidas.
Fonte: Focando